quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Sal no alimento das crianças



Qual é a quantia de sal que você coloca na comida de sua família? Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo revelou que nas casas brasileiras a quantidade de sódio consumida por dia é de 4,5 g por pessoa. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que a ingestão desse nutriente não ultrapasse 2 g diárias.

Hoje, as crianças têm cada vez mais cedo doenças até então consideradas de adultos, como a hipertensão. Por isso, o cuidado com o consumo de sal deve começar desde a primeira papinha que você prepara para o seu filho.

Isso não quer dizer que a comida fique sem sabor. “A refeição deve ser gostosa. Para isso, além da variação dos ingredientes no preparo da sopa, é preciso incluir temperos frescos, como cheiro verde, cebola, alho poró e azeite de oliva”, diz Maria Amparo Martinez Descalzo, pediatra do Hospital Santa Catarina (SP).

Essas medidas saudáveis entram no lugar dos caldos, de carne ou galinha, usados para temperar a comida. Dados do estudo mostram que a maior parte do sódio consumido (76,2%) pelos brasileiros vem do sal da cozinha e de condimentos à base desse sal. “Esses caldos devem ser sempre evitados e, principalmente, nunca oferecidos a crianças abaixo de 2 anos”, afirma Amparo. Uma dica da especialista é cozinhar a papinha sem sal, colocando uma pitada na porção que for servir à criança.

Os industrializados, como os salgadinhos e comidas prontas, também entram para a lista dos vilões em quantidade de sódio. E atrapalham o paladar da criança. “Se a criança comeu uma batatinha antes do almoço, por conta do seu sabor acentuado e marcante, ela vai achar a refeição sem graça”, diz a pediatra. Não é que a criança esteja proibida de consumir esse tipo de alimento, mas eles não devem fazer parte do dia a dia.

O mesmo vale para os sucos de caixinha e refrigerantes, que contêm sódio. Substitua-os por sucos de frutas naturais e água. Ela, aliás, é responsável pelo bom funcionamento do rim. “A criança precisa aprender a toma-la desde bebê”, afirma Amparo. Todos esses cuidados servem como prevenção de doenças na vida adulta, como as renais e os acidentes vasculares.

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